Grindcore em estado bruto! E nacional! Uma dupla carioca infernal estreia com “Monstro Brasilis”, já candidato a um dos melhores lançamentos do estilo em 2012. Já atiçou a curiosidade, né? Pois esse petardo será lançado em março em mídia física via Carnificina Records (http://www.carnificina.com/), mas as canções estão disponíveis na internet (Reverbnation e Myspace), fiquem espertos.
É curioso que a banda “apareceu” do nada, como projeto de Pellizzetti (ex-Bodhum) em parceria com Perazzo (Enterro). Ou seja, um grupo formado por quem já está firme e forte no underground.
As treze faixas primam pelo mais direto Grind, que lembra em vários momentos os deuses (ou diabos?) da Nasum, dada a “visceralidade” da coisa toda. Tem uns riffs meio quebradões, como faziam os suecos e até uma timbragem parecida. Além disso – como explicar? – a sonoridade em geral é bem “seca” e marrenta, coisa primitiva mesmo. E sem firulas, o estrago dura cerca de quinze minutos. Sem problemas, é só apertar o “play” e ouvir novamente.
Mas dando enorme suporte ao instrumental, Pellizzetti manda muito bem no poderoso vocal, que consegue ser impactante nas músicas. Realmente está de parabéns pela goela o cidadão.
A qualidade da gravação está excelente se contarmos que faz parte da proposta do conjunto de um gênero musical tão insano. É algo levemente abafado e pesadíssimo. Talvez um grau maior no volume do baixo e uma distorção mais extrema nas quatro cordas deixassem o trabalho tinindo, mas acredite: esse pormenor não tira o charme de “Monstro Brasilis”. Não mesmo!
Curiosidade: assim como nos títulos da maioria das faixas da Rotten Sound, a Orrör também opta por criá-los com apenas uma palavra.
Sem mais comentários: com um ‘debut’ de alto nível, a Orrör já chegou de sola para entrar na briga entre os medalhões “grinders” brazucas. Êta cena cheia de grandes revelações em nosso país, não?
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